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Hora de Ler: They both die at the end - Adam Silvera


Fala galerinha, tudo bem? Preparem os corações pois o livro de hoje promete!
Adam Silvera é um ator novo no mercado YA com 3 livros já lançados, um amor de pessoa que vem conquistando fãs ao redor do mundo, apoia vários autores e é melhor amigo de vários que admiramos. O hype desse livro (o barulho que fizeram sobre nas redes) é real e necessário, mas nem acho que muita gente tenha falado dele ainda, principalmente aqui no Brasil.

Coisa mais fofa esse autor 😍
O livro tem uma premissa bem inovadora: Num mundo alternativo as pessoas já nascem sabendo a data de sua morte, e um dia antes o DeathCast liga avisando que você tem apenas 12h restantes de vida. Mateo e Rufus se conhecem através de um aplucativo chamado LastFriend que tem o intuito de "unir" Deckers (as pessoas com prazo de validade) e a partir disso o livro de fato começa.

Parece mórbido, bizarro, humor negro e tinha tudo para ser um fracasso, mas Adam consegue desenvolver uma história que aborda temas muito pesados de maneira "leve", sensível e muitas vezes até mesmo românticas. Nos faz parar várias vezes a leitura para refletir sobre o que fizemos até agora, será que estamos mesmo vivendo? E se você tivesse sua sentença iria viver o último dia no nível máximo? Esses são os questionamentos mais básicos que a obra aborda, outros incluem amizades e o principal deles é em relação á família, que tem uma importância aqui vital.

Referências são coisas que me fascinam e aqui não foi diferente: LastFriend, o aplicativo onde Rufus e Mateo se conhecem é uma alusão ao Tinder; já o Necro é tipo um Grindr da vida e para usar se paga uma taxa de $9.90 BELÍSSIMA CRÍTICA.

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O romance dos meninos não é o foco, e sim a amizade que eles constroem ao longo do último dia juntos. Rufus é bi, Mateo não tem uma sexualidade definida e é aberto a tudo, bem aquele tipo "gosto de pessoas", o legal é que ele se descobre com Rufus devido a intimidade que vão criando coisa e tal; mais legal ainda é esse diálogo muito aberto que o autor deixou afinal eles vão morrer não é mesmo?!

A escrita de Adam lembrou muito Benjamin Alire Saez, por vezes me vi lendo Ari e Dan (tem até alguns aspectos que lembram a história) e se foi levemente inspirado tá de parabéns porque conseguiu fazer um tributo a altura. O final é beeeeem catastrófico para derrubar o leitor de vez, típico de sick-lit's (saudades).

É um livro que tem ritmo rápido mas não deve ser consumido ás pressas nem deve ser daqueles em que você se orgulha de ter termidado, como se fosse um desafio. They Both é para ser digerido em pequenas doses, para invocar sentimentos no leitor, mexer na ferida mesmo e tratar de assuntos pesados de uma maneira bem única, difícil foram os momentos em que lágrimas não brotaram, tem muita frase de efeito sim, mas aqui não cai no clichê, muito pelo contrário.

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Sem sombras de dúvidas, 5 estrelas para esse livro INCRÍVEL faltou pouco para virar favorito mas irei sempre lembrar e revisitar essa história. Uma pena que ainda não há tradução para o português FICA A DICA EDITORAS.



Quotes:

Maybe I would feel differently if I could count on people showing up to my funeral. If I had more friends than I do fingers.
*Talvez eu me sentisse melhor se pudesse contar as pessoas que vieram ao meu funeral. Se eu tivesse mais amigos do que os dedos nas mãos.
No one gives you lessons on how to brace everyone for your death, especially when you’re seventeen and healthy.
Ninguém nos ensina como abraçar todos por causa de sua morte, especialmente quando se tem 17 anos e é saudável.
No matter how we choose to live, we both die at the end.
* Não importa como escolhemos viver, todos morremos no final.
[...] stories can make someone immortal as long as someone else is willing to listen.
* Histórias podem tornar pessoas em imortais desde que tenha sempre alguém pronto para ouvi-lás.
Sometimes the truth is a secret you’re keeping from yourself because living a lie is easier.
* Ás vezes a verdade é um segredo que você mantém porque viver uma mentira é mais fácil.

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