Olá galerinha, tudo bem? Hoje o post não é bem uma resenha, e sim uma reflexão/opinião com base no meu histórico pessoal, mas tem tudo a ver com o blog. Preparados?!
📚Como tudo começou
Para quem me conhece, sabe que revistas sempre fizeram parte da minha vida. Aliás, um dos impulsos de criar esse espaço era que antes eu queria ser editor/ter uma revista de indicações literárias. O início do blog foi bem isso, depois que comecei de fato a resenhar os livros.
Pois bem, uma breve introdução: Pato Donald da Editora Abril foi quem me introduziu nesse mundinho das letras láaaa em 99 quando eu tava ainda aprendendo a juntar as letrinhas e ler. Em casa sempre fui rodeado de revistas e jornais dos meus pais (Época, Veja, Seleções, Jornal do Commercio, Folha…) então incentivo nunca me faltou.
📰 A era de ouro das Bancas
Com o tempo, fui criando meus próprios gostos: Recreio, Mundo Estranho, Superinteressante, Galileu, Ciência Hoje, Scientific American. Sempre faminto por novidades e curiosidades.
Mas as bancas de jornal foram rareando, principalmente aqui no Nordeste. A variedade que antes saltava aos olhos praticamente desapareceu depois de 2014.
A transição para o digital 💻
Como sempre fui ávido por tecnologia, a adaptação foi natural.
Ganhei um Kobo Mini em 2013 e mergulhei nos ebooks (até então lia no desktop!). Durante a pandemia, descobri que a Abril havia entrado de cabeça no digital. Foi aí que virei “rato de revista” no GoRead, graças a um amigo que não usava a assinatura.
Mais tarde, assinei oficialmente: R$ 1,99/mês por 12 meses para ter acesso a TODO o catálogo da Abril. Amor ao primeiro clique.
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Leitura no aplicativo |
O retorno ao físico 📦
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O reencontro do amor |
Recentemente, recebi uma promoção: Superinteressante física em casa por R$ 9,90/mês. Considerando que na banca custa R$ 29,90, não pensei duas vezes.
E aqui vem a epifania:
Eu nunca fiz questão de mídia física, mas a diferença entre ler no site e ter a revista em mãos é absurda. Pro bem e pro mal.
O charme (e os desafios) do papel ✨
Vantagens:
- O cheirinho de tinta (sim, eu curto de verdade).
- A sensação de proximidade, de algo palpável.
- Menos ansiedade do que rolar a tela sem parar.
- Infográficos incríveis, que no site perdem impacto.
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Matéria com muita imagem e folha dupla, quase inviável no digital. |
Desvantagens:
- Precisa de luz e espaço para ler.
- Fonte pequena sem possibilidade de zoom.
- Zero personalização (cadê o menu? cadê o CSS?).
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Matéria de capa no tablet
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Livros (baseados em texto) conseguem ser substituídos com facilidade no digital, tornando até melhor a leitura no Kindle por exemplo.
Quadrinhos no geral funcionam melhor em tablets por conta das cores e tamanho da página, é outro formato que tenho aderido nos últimos tempos pois os quadrinhos da Disney por exemplo custam 2,90 ou no máximo 5,90 na Amazon e visto que não encontro fácil nas bancas se torna até cômodo o digital. Tenho pensado em investir num tablet apenas para isso - minha Gibiteca digital.
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A mesma página, dessa vez física |
Por outro lado, revistas como a Super, Piauí, Veja Saúde, por exemplo, não foram pensadas em telas, então ficam “ruins” quando se abre um PDF por melhor que seja o dispositivo, você SEMPRE invariavelmente vai depender do movimento de pinça pra dar zoom e conseguir ler as matérias - que foram pensadas para impressão - também perdendo a beleza dos infográficos.
Esse tipo de publicação é “image-heavy” onde o texto funciona mais como complemento, e a diagramação é um show a parte com blocos de texto, formas diferentes etc. Isso AINDA não funciona num epub, mas creio que um dia chegaremos lá.
Epub x PDF: a questão técnica 🔍
Epub - É um arquivo zip (igual o que vc baixava no 4shared) com várias folhas HTML, como se tivessem vários sites juntos, grampeados, e uma folha separada que dita os estilos (CSS) tais como tipo de fonte, cor quando disponível, tamanho da fonte, espaçamento (padding), margem e tal.
Por isso é possível modificar qualquer texto para mostrar com maior conforto visual, em qualquer tela. Tecnicamente um arquivo de livro Epub abre num celular e numa TV se comportando da mesma forma. Ele é responsivo - se adapta.
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Em essência ISSO é a estrutura de um epub. Cada capítulo representa uma página dessa. |
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Essa lista de códigos é responsável pelo tipo, tamanho e cor de fonte por exemplo. |
PDF - Por outro lado esse formato é prático pra impressão, pois se trata de uma imagem (na maioria das vezes) com pontos de corte, tamanho da página e das fontes pré definidos, só chegar na gráfica e imprimir.
Por esse motivo é tão ruim “ler no celular” pois a imagem que não se adapta ao tamanho da tela, além de ser muito difícil tornar um pdf responsivo. No epub basta uma linha de código e a mágica acontece, mas com imagem vai fazer como?
Um livro só com vetores? E mesmo assim não é garantia.
📲 Onde ler hoje
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GoRead: maior plataforma de revistas digitais, vai além da Abril.
Conclusão: coexistência, não batalha 🤝
No fim das contas, não é sobre escolher entre físico e digital.
É sobre como cada formato desperta um tipo diferente de prazer na leitura.
Livros de texto funcionam melhor no Kindle. Quadrinhos brilham em tablets. Revistas, por sua vez, ainda têm no papel seu palco ideal. E eu, que sempre me declarei 100% digital, redescobri o encanto de abrir uma revista, sentir o cheiro de tinta e folhear páginas cheias de infográficos.
👉 E vocês, têm o hábito de ler revistas? Preferem físico, digital ou transitam entre os dois? Quero muito saber!
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