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Hora de Ler: Crônica de uma morte anunciada - Gabriel Garcia Márquez


Fala galerinha, tudo bem? De volta com mais um clássico e dessa vez cumprindo mais uma meta pessoal de autores que pretendo conhecer esse ano, saindo um pouco da zona de conforto, bora ver no que deu?
Esta é a história de um assassinato numa pequena localidade colombiana, próxima da costa caribenha, cuja única ligação com o exterior é um rio. Toda a localidade celebra o casamento de Bayardo San Román, rico e recém-chegado, com Angela Vicario.

Mas Bayardo descobre que a sua esposa não é virgem devolve-a à casa dos pais. Angela acusa Santiago Nasar, um rico jovem de origem árabe. Obrigados pela defesa da honra familiar, os irmãos de Angela anunciam aos quatro ventos a sua determinação de acabar com a vida de Santiago.

Todos os habitantes da localidade conhecem as intenções dos dois irmãos menos o interessado, e ninguem faz ou pode fazer nada para evitar o desenlace trágico... Passados mais de 20 anos, um cronista reconstrói passo a passo os acontecimentos.

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Mais uma vez o monstro da expectativa apareceu e acabou com a minha experiência de leitura. Para começo de história peguei uma edição de Portugal e para quem pensa que não as diferenças são bastante visíveis, esse foi um dos fatos que deixaram a leitura sofrível, cheio de regionalismos portugueses que não haviam tradução no dicionário do Kindle em e fizeram ter vontade de abandonar a obra algumas vezes.

Também vale ressaltar que a marca registrada do autor, o tal do Realismo Mágico, não se mostra presente aqui, ou se está não consegui perceber em meio ao mar de palavras difíceis e regionalismos portugueses. Deu para tirar algumas conclusões sobre o autor e sobre dar outra chance ou não, que sim, lerei outra coisa dele muito em breve.

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Apesar de ter um crime o livro não tende pro lado do thriller, muito menos do suspense, aqui o autor escolheu contar uma história com bases na realidade fazendo uma investigação jornalística "de mentira" mas que de fato aconteceu, se é que me entendem, é uma mistura muito bem feita de fato com fantasia.
Sendo que essa escolha deixa a narrativa muito cansativa, ele vai e volta nos fatos, o livro já começa dizendo o que vai acontecer e você fica sobrecarregado com o tanto de informação disposta durante a narrativa, muitos nomes, muita repetição, vai e volta constante e você reza pra que isso acabe logo porque a leitura fica CHATA, essa é a palavra certa. Não é pesado nem complicado, apenas cansativo.

Pude reconhecer traços do exagero de Kafka aqui, também presentes em Bartleby, mas as referências literárias param por aqui por se tratar de algo original e único para a época de publicação.
E o livro não vai além disso também, a cena final foi o que recompensou toda a exaustão causada, uma riqueza de detalhes incrível, a frieza dos personagens relatando, é de se admirar mesmo.

Leva 3 estrelas e a certeza de que não conheci o autor em sua melhor forma. É um livro bom mas que não pretendo reler tão cedo.

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