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Hora de Ler: Alerta Vermelho - Martha Wells


Olá! Tanto tempo sem aparecer por aqui, nem lembro mais como se inicia um post. Mas vamos de leitura? Uma obra que era pra ser "rápida" e terminou torrando minha paciência, preparados?!

Qual é a primeira coisa que lhe vem à cabeça quando você pensa em um robô humanoide que hackeia o próprio sistema e conquista autonomia? Um banho de sangue? Bem, o autointitulado robô-assassino de Alerta vermelho tem outras prioridades... Mais especificamente, maratonar milhares de horas de conteúdo audiovisual em seu feed de entretenimento. Isso, é claro, se os humanos deixarem.

Porém, ao ser enviado como parte de uma expedição a um planeta remoto — até mesmo um robô precisa trabalhar —, uma série de eventos misteriosos coloca em risco os humanos que ele foi designado a proteger. Mesmo sem entender muito bem o motivo, ele agora se importa de verdade com a segurança daquele grupo irritante — e ninguém vai tocar nos humanos dele. O robô vai se certificar disso.

Ao explorar os limites da inteligência artificial, intrigas políticas e questões como autonomia e identidade pessoal, Martha Wells transcende as fronteiras da ficção científica ao oferecer uma narrativa que seduz tanto entusiastas do gênero quanto leitores ávidos por uma história envolvente.

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Prometeu horrores e entregou horrores. De tédio.

Conheci esse livro em 2017, quando fez um barulho danado lá fora. Cheguei até a comprar o eBook em inglês. Mas, já naquela época, a leitura emperrou. Agora, com a edição brasileira na mão, decidi dar uma segunda chance. Erro. Crasso. Gravíssimo.

A história parece querer muito – e talvez esse seja o problema: é um grande “parece”. Você é jogado no meio do caminho como se tivesse assinado o contrato de lealdade com os personagens, entendido o lore e memorizado o mapa da nave. Só que não.


E diferente das boas ficções científicas que te envolvem aos poucos ou ao menos constroem uma lógica interna, aqui a autora simplesmente ignora qualquer compromisso com o leitor. Zero explicações. Zero ambientação. Nem um “oi, essa é sua nave, bem-vinde à confusão”.

Eu nem sou fã de excesso de descrição, mas aqui? Fez falta. Muita falta. Do início até bem depois da metade, nada acontece. Quando finalmente algo parece se mover – uma rixa entre duas equipes de pesquisa – já é tarde. Não tem contexto, motivação, nem impacto. É como assistir uma treta no ônibus sem saber quem tá brigando ou por quê.


O protagonista robô, que teoricamente deveria ser o diferencial, tem como “graça” principal o fato de que hackeou o sistema pra ver novela. SOCORRO. Se isso é humor, me inscreve num curso de palhaço pra entender. Não é contemplativo, nem filosófico, nem denso, nem estiloso, nem sequer curioso. Não achei nada que justificasse o hype. E olha que eu sou do time que defende leitura lenta, mas isso aqui é só uma esteira quebrada em looping.

Final? Corrido e meloso. A tal consciência emocional do robô surge do nada, como se alguém tivesse clicado em “instalar atualização de empatia”.

Uniseg desligada.


Compre se tiver coragem:

Ebook (grátis no Unlimited)
Físico

PS: Ainda não vi a série da AppleTV+ e espero com toda expectativa do mundo que seja melhor do que o livro.

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