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Hora de Ler: Super Mario - Jeff Ryan


E aí galerinha, tudo bem com vocês nessa quarentena? Apesar de tudo o ritmo de leitura por aqui não foi afetado e hoje decidi sair um pouco da zona de conforto lendo não-ficção, basicamente uma biografia da tão querida Nintendo. Preparados?!

A primeira princesa que Mario salvou foi a própria Nintendo.
A história por trás dos jogos da Nintendo com os quais milhões de nós crescemos e também como uma fabricante japonesa de figurinhas passou a dominar concorrentes ferozes do videogame.

Este é um livro sobre como o Super Mario salvou a própria Nintendo do abismo, como o menino de cabelo desgrenhado criou o Donkey Kong e venceu a briga com o King Kong da Universal, como um encanador bigodudo possui mais de 200 jogos em seu currículo, como fazer dos concorrentes, mesmo os velozes como Sonic, parecerem uma tartaruga, enfim, como inventar o Wii reinventando o mercado.

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Esse livro foi um prato cheio, simplesmente tudo que já procurei sobre a Nintendo e que não obtive sucesso até me deparar com ele.

Diferente de outros livros do mesmo estilo o autor não optou pelo caminho chato dos negócios, sendo o mais direto e geral possível. Claro que ele fala de burocracias mas sem entrar em tantos detalhes dando ênfase ao que realmente importa: os jogos.
Dá para ter noção de como a Nintendo funciona através dessa obra, embora ele cubra até o Wii entendemos os motivos de certa resistência as novas tecnologias, isso só reforçou o que sempre pensei da empresa, onde eles parecem estar presos ao sucesso dos anos 80 e 90.

via GIPHY

O pessoal também é bem arrogante e seguro, não se preocupando com o mercado em geral pois confiam no nicho deles, o que também gera uma discussão sobre a Nintendo ser justamente isso "de nicho", coisa que eles nunca viram problema.

A filosofia da Nintendo sempre foi e sempre será a diversão, nunca o videogame mais moderno com as melhores especificações, mas sim os jogos mais divertidos e que marcam gerações.
Outra coisa que ficou clara é que eles trabalham abaixo da margem normal do mercado, ainda assim cortando custos para gastar o menor valor possível no produto final assim evitando repassar o preço para nós consumidores. Infelizmente isso não acontece mais no Brasil desde que pararam de operar por aqui e por isso temos que pagar preços exorbitantes em seus produtos.
Uma das práticas mais comuns trazida dos anos 80 é o relançamento de jogos acontecendo até hoje nos tempos de Switch, não só pela Big N mas também por todas as atuais concorrentes.

Obviamente que o livro aborda MUITO mais curiosidades, detalhes, tudo envolvendo os jogos, Mario, Donkey Kong, o nascimento de novas franquias e todo processo criativo dos designers envolvidos que não deu tempo de falar por aqui. Recomendo demais essa leitura se você assim como eu cresceu jogando Super Mario World e até hoje sente saudades do Super Nintendo, ou continua sendo fã da Nintendo mesmo.


PS: Existe uma edição traduzida pela Editora Saraiva do livro caso prefiram.

Quotes:

Mickey era um símbolo para a Disney, e Mario seria exatamente o mesmo símbolo para a Nintendo.

No fundo, o trabalho artístico talvez seja poder controlar a mudança de formas interessantes.

Todos os seus sucessos foram fruto da inventividade, não de chips de última geração.

Não ser o maior nem o mais rápido, mas ter os melhores jogos

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