Chuck Palahniuk em estado puro.
Você não será mais o mesmo após ler este livro. Assombro é um romance de
histórias construído a partir de 23 contos horripilantes, divertidos e de
virar o estômago.
Eles foram contadas por pessoas que responderam a um anúncio para escritores
que propunha uma experiência semelhante ao do programa Survivor, em que o
anfitrião controla as fontes de aquecimento, energia e comida. Na medida em
que os contadores de histórias ficavam mais desesperados, seus contos se
tornavam mais extremos, já que eles fariam de tudo para desenvolver a trama
mais chocante e ganharem reality show.
Com certeza, um dos livros mais perturbadores de todos os tempos, que só
poderia ter saído de uma mente como a de Chuck Palahniuk.
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Qual a história mais nojenta, violenta, grotesca, estranha e absurda que você
conhece ou já ouviu falar? Esqueça.
Isso também vale de alerta caso você queira se aventurar pelas páginas de Assombro, abra BEM a mente, não julgue e sinta tudo com muita intensidade do jeitinho que o autor planejou. É chocante, bem escrito, visceral, poético, esdruxulo, engraçado e único. Mais uma vez: estejam preparados.
Isso também vale de alerta caso você queira se aventurar pelas páginas de Assombro, abra BEM a mente, não julgue e sinta tudo com muita intensidade do jeitinho que o autor planejou. É chocante, bem escrito, visceral, poético, esdruxulo, engraçado e único. Mais uma vez: estejam preparados.
O livro tem a estrutura de contos que podem ser lidos fora de ordem, ao mesmo
tempo que se costuram e formam uma história só, com vários pontos de vista
diferentes daquela situação bizarra. Cada um abre com uma poesia muito louca
seguida do relato fictício ou não, retratando o momento do confinamento ou
abordando memórias que também podem ser inventadas.
Essa estrutura lembra de longe Almoço Nu de William Burroughs, não li, mas pelo que sei segue esse formato além de ser mais pesado ainda (não sabia que era possível) logo terá minha opinião por aqui.
Essa estrutura lembra de longe Almoço Nu de William Burroughs, não li, mas pelo que sei segue esse formato além de ser mais pesado ainda (não sabia que era possível) logo terá minha opinião por aqui.
Preciso falar do ambiente. É um teatro abandonado escondido no centro da
cidade disfarçado por casas mal assombradas onde ninguém sonha em saber o que
se passa por ali. De início há toda uma infra estrutura, ar condicionados,
aquecedores, banheiros, comida suficiente para todos, mas com o passar do
tempo a história vai ficando cada vez mais bizarra, animalesca, com ares de
sobrevivência tudo em nome da possível audiência quando alguma rede de tv for
resgatá-los, aumentando assim a insanidade daquela situação. Eles até tentam
criar um culpado, inventam um sequestro e coisas do tipo para saírem como
vítimas mutiladas, porém ricas.
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| Fanart de Tripas |
Aliás, mutilação e sangue são o que não faltam por aqui. O primeiro conto
Tripas dita o tom do livro servindo de termômetro pois se você
não aguentar ler ele faça um favor e pare a leitura, porque é daí pra baixo.
Mais pra frente temos episódios de suicídios e devido a falta de comida (que
eles mesmo sabotaram e jogaram no lixo) começam a preparar os companheiros no
microondas... Não sobra nem para o gato de uma das participantes, o pior disso
tudo são as descrições imagéticas durante a preparação, até hoje tenho nojo de
carne quando espuma OBRIGADO, CHUCK!
Fun Fact: No lançamento o autor leu trechos de Tripas para a platéia e quase todos os presentes passaram mal.
"Nossa, mas qual a necessidade de ler algo assim?" Bem, EU gosto de coisas
diferentes e estava há muito tempo querendo conhecer a escrita do autor,
juntei o útil ao agradável, saí da zona de conforto (nada que pegava me
agradava) além de uns novos traumas, tem coisa melhor?!
Brincadeiras a parte é uma ótima maneira de conhecer coisas novas, sair de uma
ressaca literária ou expandir horizontes.
Preciso dizer que fiquei com vontade de ler outras obras dele? Acho que não
né?!
Quotes:
É o Sonho Americano: transformar sua vida em alguma coisa que dê pra vender.
Todos nós estamos condenados a estarmos certos. Em relação a tudo que pudermos pensar.
Somos nós contra nós. Você, vítima de si mesmo.
Apagamos nosso passado com nosso presente, na aposta de que o momento a seguir será mais triste, mais horrível ou mais trágico que o anterior.
Todos os seus problemas e os seus casos amorosos. Não passam de ilusão.
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