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Hora de Ler: Lolita - Vladimir Nabokov




E aí galerinha, tudo bem com vocês? Por aqui sobrevivi a essa leitura e venho relatar minha experiência, estão preparados?!
Lolita é um livro imprescindível, e um dos mais importantes romances do século XX. Polêmico, irônico, tocante, narra o amor obsessivo de Humbert Humbert, um cínico intelectual de meia-idade, por Dolores Haze, Lolita, 12 anos, uma ninfeta que desperta seus desejos mais agudos. 

Mas a obra-prima de Nabokov, agora em nova tradução, não é apenas uma assombrosa história de paixão e ruína. É também uma viagem de redescoberta pela América; é a exploração da linguagem e de seus matizes; é uma mostra da arte narrativa em seu auge. Na literatura contemporânea, não existe romance como Lolita.

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Esse é um daqueles títulos que se ouve muito falar desde sempre, eu até tinha uma edição da Folha de São Paulo mas até então não houve vontade nem curiosidade tudo mudou quando li Minha Sombria Vanessa que é apenas uma releitura (muito bem executada) do original, esse que decepcionou desde o início.

ATENÇÃO: A opinião a seguir é inteiramente MINHA, assim como o blog também é então posso escrever o que quiser.

Como falar de um livro tão desprezível? Talvez começando pela escrita que é rebuscada, experimental e tem toda essa bagagem de escritor metido a besta cheia de firula tornando a narrativa extremamente pesada, rica em detalhes que não fazem a diferença, cheia de digressões por ser inteiramente narrada em primeira pessoa além de totalmente desinteressante.
Não bastasse o fato de tratar como tema principal a doença de um homem apaixonado por uma criança, a violação dessa menina e tudo o mais, ainda tinha que apelar na escrita dessa maneira.

De forma que a leitura dessa obra foi um verdadeiro massacre pois quando começava a ficar interessante o autor insistia em voltar com os fluxos mentais, a linguagem lírica arrastada, os delírios etc. Incontáveis as vezes em que reli uma página por não ter entendido ou mesmo para me situar em meio as boboseiras sem sentido do autor. 

Me lembrou alguns autores que foram igualmente difíceis e traumáticos na minha vida de leitor tais como Hida Hilst, Henry Miller e o inominável Sade, sem falar claro do chato de marca maior James Joyce, todos compartilham o gene do tédio em suas obras líricas e conceituais que faço questão de passar longe.

O que mais me irritou nesse livro nem foi a história em si, até porque já li e gosto de livros com temáticas tensas, mas a escrita que tornou tudo quase impossível, capítulos gigantes de um livro gigante. Das 400 páginas que o compõem se fôssemos realmente ficar só com o que importa sobrariam em torno de 100 páginas, o resto é só enfeite. 
Quase nada se aproveita da obra visto algum quote aqui, outro ali oficializando como o livro mais inútil do "Cânone" existente.
Assim como quase o abandonei quase não faço post mas acho válido o registro da experiência (ou indignação) que sirva de aviso para mim mesmo passar longe desses clássicos com teor "erótico" afinal de contas nem sei classificar essa doença em forma de livro. Péssimo, ainda bem que não comprei.

Parabéns a Kate Elizabeth Russell por primeiro amar uma porcaria dessas, e segundo por ter feito uma releitura decente de como deveria ter sido o original, direto e sem mimimi. 
E parabéns a quem se inspira com um livro desse onde só dá ânsia de vômito e muita raiva.

Essa é uma resenha fora do comum aqui no blog e peço desculpas a quem se sentir ofendido, toda o ódio será revertido 100% para o autor.

Compre: (se tiver coragem)

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