E aí galerinha, tudo bem com vocês? Finalmente comecei a me aventurar por
Green Gables, e hoje vocês conferem a primeira parte disso tudo, será que
valeu a pena mesmo?
Anne é uma órfã que foi enviada por engano à fazenda de Green Gables, já que
os irmãos Marilla e Matthew tinham a intenção de adotar um menino. Com pena da
garota, resolveram mantê-la na fazenda. Com seus longos cabelos ruivos, olhos
acinzentados e uma imaginação que lhe permitia viver fantasias, Anne traz
reflexões e pensamentos pertinentes sobre os obstáculos e as escolhas da vida
de qualquer pré-adolescente.
~
É bem verdade que demorei de certa forma a me render com essa história embora
tenha me organizado por várias vezes e sempre falhava na hora de começar.
Posso dizer com toda a certeza, foi uma das melhores ideias ter lido essa
obra.
Já adianto que fiquei encantado por Anne desde o início, com uma narrativa
simples e bastante fluída a autora consegue capturar totalmente nossa atenção
além de cativar com a sinceridade da personagem que beira o absurdo de tão
inocente, tornando assim o livro divertido, leve e nos deixando com um sorriso
bobo no rosto durante toda a leitura.
Todos sabem que o livro é infantil, mas as referências e lições por assim
dizer funcionam bem melhor para quem é adulto talvez por conta da experiência
de vida deixando assim um certo gosto de nostalgia no ar, ao mesmo tempo em
que nos ensina algo. As sacadas de Anne são muito inteligentes e prematuras
dado que a menina está no auge dos seus 13 anos, seja com palavras difíceis ou
sua visão de mundo bem peculiar e altamente otimista; as encrencas em que ela
se mete são outro destaque, pois muitas vezes não passam de bobagens infantis
mas que para manter a educação dela a tutora Marilla a pune.
Mesmo se tratando de um clássico publicado em 1908 o livro ainda consegue ter
relevância nos dias de hoje. Trazendo a tona assuntos como direitos para as
mulheres (mesmo que em discussões), a autora já mostra para o que veio fazendo
de Anne um ícone feminista mirim de maneira muito sucinta sem levantar nenhuma
bandeira. As referências bíblicas estão por toda parte, assim como as
literárias dando para extrair muitos autores novos para serem
explorados.
Sobre a série: Pretendo fazer um post separado (em vídeo) fazendo o
comparativo da primeira temporada com o primeiro livro, fiquem ligados nas
redes que em breve lanço!
Outra coisa que o livro faz é inspirar, pois Anne gosta muito de ler e começa
a organizar um clube de contos com os amiguinhos, tem coisa mais adorável?!
Das características presentes na obra só me incomodou o fato da autora ficar
descrevendo a paisagem ou as flores com muitos detalhes, esses parágrafos eu
apenas pulava. Tem as partes em que Anne fala igual uma tagarela e que são o
máximo pois contém os insights dela, todo o escopo para a imaginação além de
render muitas risadas.
É lindo e gratificante acompanhar a evolução da personagem que chegou tão
bruta na fazenda e aos poucos foi sendo lapidada por Marilla, Matthew e a
convivência na escola. Inteligente e com uma mente aberta ela aprende rápido
as coisas, apronta por ser criança mas não insiste no erro.
Sem sombra de dúvidas que leva 5 estrelas!

Quotes:
E quanto ao risco, há riscos em quase tudo que o corpo faz neste mundo.
Mas a pior parte na imaginação das coisas é que chega um momento em que você tem de parar de imaginar, e isso magoa.
“Minha vida é um túmulo perfeito de esperanças enterradas.”
Não é muito agradável ficar de cama, mas tem um lado bom, Marilla. Você descobre quantos amigos tem.
Bons conselhos são mais fáceis de dar do que de seguir.
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