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Hora de Ler: Sia Martinez and the Moonlit Beginning of Everything - Raquel Vasquez Gilliland

Olá galerinha, tudo bem com vocês? O livrinho de hoje é uma ficção científica que mistura realismo mágico, mitologia mexicana e como se não bastasse ainda trata de temas como preconceito, ilegais nos Estados Unidos e muitooo mais coisinhas, estão preparados?!

Se passaram três anos desde que a Imigração pegou a mãe de Sia. Três anos desde que ela está desaparecida. Sia quer continuar sua vida, mas é difícil numa cidade pequena do Arizona onde as pessoas preferem chamar a deportação de sua mãe como um "infortuno acidente".

Sia sabe que sua mãe pode estar morta, mas em toda lua nova ela dirige até o deserto e acende velas para Santo Antônio e a Guadalupe para guiar ela de volta para casa.

Até que uma noite, sob um céu estrelado, a vida de Sia e o mundo como ela conhece muda totalmente de perspectiva. Tudo por causa de uma nave com luz azulada que cai na frente de seu carro... trazendo sua mãe, que está muito viva, obrigada.

Enquanto Sia luta para salvar a vida da mãe de um possível-exército-de-aliens-armados, ela descobre segredos tão profundos que são perigosos nessa incrível e inventiva jornada de exploração do primeiro amor, família, imigração, e o nosso vasto, e ilimitado universo.

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Já vou começar elogiando a obra que começa muito bem, com uma pegada que lembra bastante Ari e Dan (um dos meu livros favoritos da vida) não só lembra como faz uma citação direta. Temos aqui uma escrita poética, sensível que casa muito bem com a proposta de abordar temas pesados tais como imigrantes ilegais nos Estados Unidos, racismo, e abuso de autoridade policial. O drama não para por aí, pois Sia tem uma melhor amiga de infância onde a confiança entra em questão quando ambas se apaixonam (por pessoas diferentes naturalmente) onde uma começa a desconfiar da outra sobre "sabotagem" e coisas do tipo, afinal quando estamos conhecendo alguém é normal negligenciar um pouco os amigos mas aqui é bem intenso.

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Intenso também é o jeito de Sia lidar com a vida, fazendo tempestade em copo d'água muitas vezes. 
Outro aspecto que devo citar do livro é a parte espiritual onde Sia tem contato e sente a sua avó morta, conversa com ela e recebe conselhos, sinceramente: lindo.
A autora achou essencial explorar a parte mitológica contando várias historinhas comum a mexicanos, o que foi bom para nos introduzir nesse mundo que apesar de sermos latino americanos são lendas que não fazem parte do nosso cotidiano, ponto pra ela! Mas confesso que ás vezes a viagem era tão louca que chegava a confundir um pouco.

Até cerca da metade do livro eu estava apaixonado e iria dar 5 estrelas fácil, entraria para o hall dos favoritos e toda aquela coisa, mas a autora cometeu um deslize que eu considero grande, ao mesmo tempo que não estraga a experiência: O final ficou aberto, e muitas coisas da última parte aconteceram um pouco "depressa".
Claro que não foi nenhum mistério sem resolução mas eu bem que gostaria de saber o rumo que Sia e o Pai tomaram, o futuro do relacionamento com Noah, a amizade dela com Rose dentre outras coisinhas que simplesmente acontecem depois que o livro é fechado. 

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Gostei muito das referências exploradas, Arquivo X, Buffy, Ari e Dan, cultura mexicana... Aquela parte que a gente se identifica com os personagens e sente o famoso quentinho no coração.

Leva 4 estrelas e fica a recomendação para quem gosta de ficção científica, teorias conspiratórias envolvendo o governo, realismo mágico e uma pitada de romance YA com representatividade lésbica. UFA!



Quotes:

I wonder if the moonlight that touches me when I light saint candles in the night is the same moonlight that also touches my mami’s bones.

Eu me pergunto se a luz da lua que me toca quando acendo uma vela a noite é a mesma que também toca os ossos de mamãe.

It’s okay to trust when you like someone this much.

É normal confiar em alguém quando você gosta tanto da pessoa.

Most people don’t talk to the dead anymore. They can’t. They don’t get out enough in the stars.

A maioria das pessoas não conseguem falar com os mortos. Eles não podem. Eles não conhecem o suficiente das estrelas.

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