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Hora de Ler: Nada Ortodoxa - Deborah Feldman

E aí galerinha, tudo bem com vocês? Nota-se que estou numa vibe de não-ficção neste momento e hoje trouxe mais uma história de vida para vocês, com direito a adaptação na Netflix e tudo!

Deborah Feldman cresceu sob um código de costumes rígidos, que regulavam praticamente tudo que dizia respeito à sua vida, desde o que ela poderia vestir e com quem poderia falar, até o que lhe era permitido ler. Integrante de um grupo de judeus hassídicos — corrente ultraortodoxa da religião — e criada pelos avós, cuja lealdade às tradições muitas vezes intrigava a mente curiosa da jovem, Deborah escondia volumes de Jane Austen e Louisa May Alcott para imaginar uma vida alternativa entre os arranha-céus de Manhattan.

Ao fim da adolescência, submetida a um aspecto comum a diversas tradições conservadoras, Deborah se vê presa em um casamento disfuncional com um homem que mal conhece. O isolamento e a intransigência da comunidade deixam o jovem casal despreparado para o relacionamento, bem como para as responsabilidades paternas que se seguem. Quando consegue enfim se afastar do bairro onde sempre morou e organizar uma rotina com algumas liberdades, a tensão entre os desejos e os compromissos religiosos de Deborah aumenta. Até que, farta de ver o marido colocar a estrita observância da tradição acima do bem-estar da família, ela decide abandonar tudo que um dia chamou de vida.

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Muito diferente de tudo que já li Deborah nos introduz a cultura judaica de forma imersiva e cheia de detalhes seus costumes e idéias extremamente rígidas não só "para a época" que vem se mantendo há anos dessa maneira.
Com relatos que começam na infância, tudo envolve a religião pois a família dela segue a risca todos os costumes além de criá-la com muitas restrições radicais principalmente em relação as mulheres, e a partir disso ela se revolta contra o sistema, ainda adolescente já começa a planejar sua "fuga" dali.

Os costumes são um verdadeiro choque para nós tão acostumados a ter liberdade, coisas ultrapassadas que colocam as mulheres em papel de extrema submissão, rituais de purificação e muito mas muito machismo em nome de Deus. É impossível concordar com qualquer coisa aqui mesmo aquelas em que há um fundo de preocupação, e nós junto com a protagonista sentimos essa agonia de não poder fazer nada nem mesmo ir a universidade é permitido para as mulheres! Quando a libertação vem é um verdadeiro alívio para ela e também a nós leitores.

via GIPHY

Apesar de usar uma linguagem direta e sem floreios não deixa de ser uma leitura pesada e até um pouco carregada pelos detalhes relacionados aos costumes religiosos, dado que não conhecemos a cultura e demora um pouco até nos acostumarmos com tudo aquilo. Há um índice no final com os significados mas o que ajudaria mesmo seriam notas de rodapé o que senti muita falta.

São poucos os momentos "de glória" onde damos risadas aqui, é uma história carregada de sofrimento e revolta que envolve até os antepassados do Holocausto; uma coisa muito presente na vida de Deborah foram os livros e essa parte em especial é muito legal de acompanhar mesmo ela tendo que ler escondido pois seu avô não permitia que lesse livros "mundanos" principalmente na língua inglesa.

O livro foi adaptado pela Netflix, é um pouco diferente do livro por ter menos detalhes mas eles conseguiram manter a essência da história e está bem interessante.


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