Olá galerinha, tudo bem com vocês? O livro de hoje divide opiniões e ainda está sendo muito comentado na comunidade de leitores, estão preparados?!
Com um faro infalível para encontrar coisas que preferem ficar perdidas, o Rastreador achará tudo o que quiser. E, mesmo ciente de que o objeto de sua busca já não está mais no mundo dos vivos, o habilidoso caçador aceita a missão de localizar um garoto desaparecido. Afinal, o menino pode ser o herdeiro legítimo do trono de um império.
Confrontado pela vastidão do continente, por toda a beleza e o terror em seu caminho, o Rastreador decide ir contra seus princípios de caçador solitário ao perceber que seus inimigos são mercenários atrás do mesmo objetivo.
O grupo ao qual se junta é heterogêneo e composto por personagens fantásticos,
entre eles o misterioso metamorfo ― metade homem, metade Leopardo ―, que irá
conduzi-lo em sua jornada.
Enquanto lutam para sobreviver e concluir a
tarefa, o Rastreador é assombrado por questionamentos: quem é o menino
desaparecido? O que o fez desaparecer? Por que há tanto interesse em que não
seja encontrado? Mas, sobretudo, quem está mentindo e quem está dizendo a
verdade?
~
Só deixando bem claro nesse primeiro momento: Não tenho o costume de ler fantasias, definitivamente não é um gênero que me agrada, só escolhi a leitura da obra como uma tentativa de expandir meu universo literário, coisa que estou sempre fazendo aliás.
Antes das reclamações vamos aos pontos positivos: Tem muita representatividade negra, LGBT, e ele enaltece o tempo todo as culturas africanas, por incrível que pareça essa não foi uma parte difícil da obra.
Tá de parabéns pelo universo construído, cheio de criaturas complexas, entidades e coisas as quais não estamos acostumados a ver em livros do gênero, é realmente BEM diferente de tudo, mesmo quem é fã de fantasia vai levar um choque no primeiro contato. A escrita é um ponto positivo para quem gosta e tem paciência, acredito que escritores irão se lambuzar com as firulas contidas nessas páginas.
E agora os pontos negativos:
Primeiro que o autor seguiu a linha poética/lírica onde nada fica explícito, o
leitor que tire suas próprias conclusões, isso pode parecer ser legal em uma
parte do livro mas durante toda a obra torna a leitura maçante e extremamente
chata, o pior de tudo é a sensação de estar perdido em meio a tudo isso.
O
estilo lembra bastante Garcia Márquez, para quem gosta do autor vai se
identificar, pra mim foi um ponto negativo.
Diálogos gigantescos que não levam a lugar algum, cortes abruptos, uma costura
infinita de histórias surgindo dentro da outra, tudo para mascarar o plot
principal que vai muito além do menino desaparecido e só começa a se
desenrolar na metade do livro.
Eu particularmente detesto livros
descritivos ou com linguagem poética extensa e foi uma verdadeira tortura
embora tenha ficado curioso e interessado em saber o que iria acontecer a
seguir.
Além disso tudo aqui acontece demais: muita violência, sexo o tempo todo dando a impressão de que ele fez isso mais pra chocar e quebrar tabus, porém exagerou e de forma negativa.
Outra "má impressão" foi a de que quanto mais tempo passasse lendo menos adiantava o progresso, já aconteceram várias vezes de eu ler por TRÊS horas ou mais e não finalizar um capítulo isso pra mim é muito angustiante, mexe com ansiedade e tudo o que não presta.
Infelizmente termino essa experiência de leitura dizendo que o livro não foi para mim. Muito complexo, rebuscado, violento, cru até demais e nem um pouco direto nos seus diálogos de 50 páginas ou mais; na minha inocência imaginei que seria algo semelhante a Deuses Americanos, fantasia urbana da qual amo mas o buraco é BEM mais embaixo nível pré-sal.
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