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Hora de Ler: Antropoceno - John Green


Olá galerinha, tudo bem com vocês? Hoje tem esse super lançamento de um autor muito querido e aguardado por mim, estão preparados?!

Que John Green é um dos autores contemporâneos mais queridos não é novidade. Sua sensibilidade e seu talento para traçar histórias inesquecíveis tornaram seus romances sucessos mundiais, e agora o celebrado escritor nos oferece uma necessária dose de esperança em sua estreia na não ficção.

O termo “Antropoceno” foi proposto para designar a era geológica atual, em que os seres humanos remodelaram o planeta e sua biodiversidade de maneira profunda, para o bem e para o mal. A humanidade é cheia de facetas contraditórias e invenções intrigantes, e John Green se propõe a avaliá-las de forma nada imparcial. Afinal, no Antropoceno, não há observadores desinteressados, apenas participantes. Como o próprio autor reconhece, esses ensaios também são, de certa forma, uma autobiografia.

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Desde que vi o anúncio desse livro no instagram do autor fiquei intrigado e curioso, até pensando se valeria mesmo a pena me jogar num livro dele "sem histórias", estou surpreso com o resultado.

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Nesse livro o autor fala de temas variados que vão desde breves comentários de coisas superficiais até a verdadeiros ensaios (quase aulas) sobre assuntos históricos e no meio de tudo isso ele insere experiências pessoais transformando o que seria um livro "quadrado" (no sentido de ser restrito) em uma autobiografia sincerona, pois ele se abre mesmo para o leitor criando uma relação de intimidade mesmo para quem não o conhece ou sequer é fã.

Mas o que diferencia esse livro dos demais? Em relação a bibliografia do autor: tudo, já sobre outros livros de não-ficção no mesmo estilo, é a maneira única e irreverente de Green se comunicar com o leitor, fazendo piada de si mesmo, sem medo de expor os sentimentos e a angústia muito presente por conta da pandemia e muita, mas muita citação literária mesmo. No final de casa ensaio temos as referências de pesquisa, nomes de livros, palestras e todo o conteúdo usado para escrever aquilo.
O bônus é ficarmos por dentro de todo processo criativo do autor, com detalhes nunca antes revelados, "bastidores" de suas obras icônicas e quem sabe futuras ideias.

É um pouco assustador ás vezes o tom filosófico do autor justamente pela falta de costume em ler artigos escritos por ele, e caso você não costume ler não-ficção a coisa fica um pouco mais intensa.
Adorei conhecer um pouco melhor a história dos Estados Unidos com a maior bola de tinta do mundo, os gansos-do-canadá, a origem curiosa do ursinho de pelúcia, da internet e principalmente da rede de supermercados Piggly Wiggly que nem conhecia mas fiquei fascinado.
O mais importante de todos é o ensaio sobre Super Mario Kart onde ele nos dá dicas de como vencer no jogo mais difícil já feito pela Nintendo, além do fato de ter consultado a Mario Wiki, Green tem todo o meu respeito depois dessa.

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As opiniões dele são mostradas aqui sem filtros através da classificação por estrelas seguidas de um comentário muitas vezes nada sutil para endossar a visão dele sobre o assunto em questão.

Ficamos conhecendo os livros favoritos dele, as autoras (dentre elas Emily Dickinson) e muito livro que sequer foi lançado no Brasil ainda. Outro fato curioso é a amizade dele com Ransom Riggs autor da série "Peregrine".

Impossível dar menos de 5 estrelas para esse livro, não quero estragar a surpresa de vocês detalhando as crônicas/ensaios, mas adianto que valem bastante a pena serem lidas, até mesmo as que falam de futebol. É um livro reflexivo que tira o autor e os fãs da zona de conforto.



Quotes:

Somos poderosos o bastante para mudar radicalmente o clima da Terra e sua biodiversidade, mas não para escolher como realizar essas mudanças.

O futuro, mesmo com todas as suas inevitabilidades, sempre me parece vago e nebuloso.

O que está em falta é a nossa atenção, nossa habilidade e disposição para fazer o trabalho que a admiração requer.

Tudo termina, ou pelo menos tudo aquilo que os humanos observaram até agora.

Você pode ser a pessoa mais rica do mundo, mas haverá um vazio cada vez maior dentro de você que nunca será preenchido por dinheiro.

A doença só trata os humanos com igualdade quando as nossas ordens sociais tratam os humanos com igualdade.


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