Olá galerinha, tudo bem com vocês? O livro de hoje é de um gênero ao qual não estou muito habituado e fiz muito bem em aceitar esse desafio pois traz uma história incrível, estão preparados?!
O cavaleiro mais corajoso do reino. Um homem sempre pronto para qualquer
batalha, disposto a defender sua honra e prestar ajuda a quem precise.
Sua armadura lustrosa e imponente era a única imagem que todos enxergam
no cavaleiro, até mesmo sua mulher e seu filho. E sua obsessão por essa imagem
acaba o distanciando das pessoas que ama e da própria identidade.
Quando percebe que não consegue mais se desvencilhar da armadura,
o cavaleiro parte em busca de seu eu esquecido no tempo, perdido nas cruzadas
e na frieza dos sentimentos. Percorrendo o Caminho da Verdade, com a ajuda de
seus companheiros Esquilo e Rebecca, ele segue rumo ao autoconhecimento,
buscando sua verdadeira face há muito tempo escondida e reencontrando um
sentimento que havia guardado na armadura por toda a vida.
Uma fábula que continua extremamente atual, O cavaleiro preso na armadura
narra a dificuldade que muitas vezes temos de nos mostrar exatamente como
somos, de baixar nossa guarda e revelar nosso rosto.
~
É bem verdade que não costumo ler auto ajuda ou como chamam agora desenvolvimento pessoal por um motivo simples: a abordagem excessiva de um tópico forçando uma absorção para aplicarmos na vida, mas isso deixa o texto truncado (para não dizer chato), cheio de palavras doida, motivação e aquela positividade tóxica de que você é capaz e vai conseguir.
Definitivamente não é o que acontece aqui. Para início de conversa temos uma fábula no maior estilo Esopo (ou qualquer outro autor infantil clássico de sua preferência), nos apresentando a história de um cavaleiro muito egoísta que só pensa em sua armadura e acaba esquecendo das pessoas ao seu redor, além de si mesmo.
Com o avançar da narrativa somos bombardeados de questionamentos, o mais legal disso tudo é o duplo sentido pois armadura nem sempre significa o objeto, assim como o protagonista também nem sempre é o que parece. Ele não tem nome mas qual o motivo? Ele é eu. É você. É quem estiver lendo e isso dá uma dimensão na história que jamais havia parado para analisar em outros livros tornando-o ainda mais imersivo.
O autor nos convida a um mergulho dentro de si, a questão do auto amor, a imagem que pensamos ter mas na verdade criamos para expor ao mundo, o próprio egoísmo e muitas outras questões internas de uma forma leve e bastante lúdica entretendo até aqueles que não tem contato com esse conteúdo muitas vezes específico (EU!!!!!).
Empatia também é um dos temas centrais da obra citando muito a dor do outro. É sobre se conhecer, estar bem consigo, saber seu papel no mundo e encontrar um sentido para a vida, uma obra intimista que causa muito desconforto nos mais desavisados, nos convidando a refletir, crescer, se iluminar com os conhecimentos adquiridos no fim da leitura e claro: colocá-los em prática.
Para efeitos de incentivo o livro é pequeno (cerca de 86 páginas) com capítulos curtos e super fluídos, dá pra ler facilmente naquela fila chata do banco e otimizar com conteúdo qualidade o seu tempo.
Uma das partes que me chamaram atenção foi a de primeiro se cuidar para então salvar os outros, e isso me lembrou RuPaul com sua frase icônica: "If you can't love yourself. How in the hell you gonna love somebody else?" Se você não ama a si mesmo, como vai conseguir amar outra pessoa?
Eu poderia passar o resto do ano falando dos assuntos abordados aqui, mas prefiro deixar que vocês descubram e tenham uma experiência tão boa quanto a minha foi. Sério, leiam.
Quotes:
Estamos todos presos em algum tipo de armadura.
Uma pessoa não pode fugir e aprender ao mesmo tempo. Ela precisa permanecer por algum tempo no mesmo lugar.
Você tem de aprender a se salvar primeiro.
Quando você aprender a aceitar em vez de ter expectativas, seus desapontamentos serão menores.
Ele chegou à conclusão de que o tempo realmente passa rápido quando se está em contato consigo mesmo.
Compre:
0 Comentários
Opniões