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Hora de Ler: Mais forte que o Mar - Kassandra Montag


Olá galerinha, tudo bem com vocês? Trouxe mais um drama com pegada distópica e espero que vocês gostem tanto quanto eu. Preparados?!

Um mundo profundamente transformado.
A humanidade à beira da extinção. As águas já engoliram as grandes cidades costeiras e chegaram ao coração dos continentes. Nada resta a não ser colônias nos arquipélagos formados pelo topo das montanhas.

É em uma dessas ilhas remotas que Myra e sua filha de 7 anos, Pearl, ouvem falar que Row, filha mais velha de Myra, pode estar viva em um acampamento próximo ao Círculo Ártico.
Por sete anos, a mãe carregou o luto de ter perdido Row, que foi sequestrada pelo pai assim que o oceano começou a tomar as terras do Nebraska. Deixando de lado qualquer precaução, as duas dão início a uma arriscada viagem para explorar o perigoso mar do Norte, com a esperança de encontrar Row ainda viva.

Nessa jornada, mãe e filha embarcam em um navio cuja tripulação deseja construir um refúgio seguro naquele abominável mundo novo. Mas os segredos, a ganância e a traição de amigos e inimigos ameaçam esse sonho, e, após inúmeros episódios sangrentos, Myra não pode mais ignorar a pergunta que ecoa em sua mente desde o princípio da jornada: vale a pena colocar em risco a vida de Pearl e de seus aliados para salvar Row?

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A história desse livro é muito intensa já pela sinopse, mas o desenrolar dele é onde a autora peca um pouco deixando algumas coisas importantes de lado por assim dizer, preferindo dar atenção a detalhes que no fim das contas são irrelevantes.
Para exemplificar o que acontece no livro: ela dá muita atenção a detalhes de navegação, mapa, rotas e coisas do tipo, porém na hora de explicar o motivo das inundações terem acontecido tão rápido fica vago e não dá pra "comprar" a ideia desse mundo caótico pós apocalíptico.

Abandono, luta pela sobrevivência, infância roubada, disputas de gangues e muita "pirataria" pode ser encontrada nesse livro onde até um copo d´água vale ouro no mundo devastado que se tornou a Terra pós enchente. Ela consegue explorar bem esses temas durante a obra.

Deixando um pouco essa parte de lado a história é linda! Muita ação o tempo inteiro (até demais) tensão para encontrar Row, e uma filha chata que dá para entender o motivo de tanta carência. Aliás, esse livro é cheio de personagem chato, inclusive a própria Myra protagonista e mãe das meninas.
Me lembrou dois outros títulos: Um lugar bem longe daqui, por causa dessa busca pela filha perdida, e Eu e você no fim do Mundo pois também tem um cenário pós enchente mas as semelhanças param nisso, uma breve referência do que já li antes.

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Triste e cativante, talvez tenha personagens demais e pouco aprofundamento neles mas ainda assim é um bom livro cheio de ação, MUITO drama, e no fim de cada capítulo a dúvida sobre o que pode acontecer a seguir. A autora realmente consegue nos prender na trama de um jeito único.

Em algumas partes o livro ficou arrastado e mais uma vez a autora cometeu um deslize com a famosa técnica de encher linguiça, talvez querendo transpor para o leitor quão lenta é uma viagem de navio a vapor, só que isso quase me fez abandonar a leitura por um momento e intercalar com outra.

O legal é que se parece muito com um filme, você consegue visualizar toda ação ali, falas, construção de personagem tudo remete a um blockbuster das telonas e talvez por isso o livro seja um pouco "raso" com diálogos pobres (previsíveis), acontecimentos repentinos e falta de boas explicações.

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Tá parecendo que odiei o livro mas na verdade foi o contrário, embora ele traga esses problemas estruturais a história é ótima, se propõe ao que diz na sinopse e conseguiu prender minha atenção, definitivamente é um livro pra passar o tempo "com classe" afinal é sempre melhor ler do que perder tempo nas redes sociais. 


Quotes:

Talvez não fosse mais possível desejar algo tendo nascido em um mundo como aquele.

E pensei em como a gente se acostuma a estar no fundo do poço. A ponto de talvez nem reconhecer uma corda se fosse jogada para nós.

As crianças eram o futuro, mas nós ainda queríamos futuro?

O mundo destrói a gente, mas só quando você destrói a si é que sente que não dá para cicatrizar.

A gente se acostuma com a perda do mesmo jeito com que se acostuma com a água.

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