Hora de Ler: Guerra do Velho - John Scalzi

E aí galerinha, tudo bem com vocês? Hoje tem um livro "de guerra" bem interessante que estava há um tempo na lista de leituras, preparados?!

A humanidade finalmente chegou à era das viagens interestelares. A má notícia é que há poucos planetas habitáveis disponíveis – e muitos alienígenas lutando por eles. Para proteger a Terra e também conquistar novos territórios, a raça humana conta com tecnologias inovadoras e com a habilidade e a disposição das FCD - Forças Coloniais de Defesa. Mas, para se alistar, é necessário ter mais de 75 anos. John Perry vai aceitar esse desafio, e ele tem apenas uma vaga ideia do que pode esperar.

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Esse livro desde o lançamento chamou minha atenção e só agora pude conferir de perto a história, que por conta da sinopse (e outras resenhas) criei uma expectativa alta difícil de quebrar que talvez tenha atrapalhado um pouco a leitura no início, mas depois entendi a proposta consegui gostar.

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O tema principal é a guerra (sério?!) porém temos uma estrutura diferenciada por aqui pois o autor não trata com ironia nem satiriza a "situação" como é o mais esperado em obras que tratem do tema, ao menos os que li sempre foram carregados de deboche deixando a história mais leve, definitivamente isso não acontece aqui.

Sobre essa estrutura há um problema: Scalzi foca até demais no protagonista trazendo revira voltas mirabolantes e problemas sem solução mas que em um estalar de dedos John (coincidência?) resolve, fazendo todos ficarem felizes para sempre. Sinto que há um exagero nas coisas aqui para impactar deu certo esse efeito, mas no decorrer da leitura fica um pouco cansativo para não dizer muito; fora que por John ser o super herói sem capa do livro todos os outros personagens de fato ficam em segundo plano e não temos um desenvolvimento mínimo, eles são aquilo mal apresentado e pronto, foco em John por favor.

Uma coisa que vale a pena o destaque sem dúvidas se trata da parte científica, essa diferente dos personagens é bem executada, explicada e tem umas partes tão complexas que ficamos sem entender direito ou visualizar, ficção científica boa é assim!
Achei legal que ele aborda muito o campo da física quântica, coisas que envolvem o tempo, partículas elementares, etc tornando essa parte da obra fascinante.

No geral é um bom livro de aventura, mesmo quebrando minhas expectativas iniciais não conseguiu me cativar tanto como imaginava a ponto de ponderar se devo continuar a série. Das referências além do óbvio Tropas Estelares que o autor afima no final ter sido uma grande inspiração, temos Asimov com as Leis da Robótica, e Gulliver em meio a uma baratlha com seres minúsculos, e surpreendentemente Cory Doctorow e Scott Westerfield são citados nos agradecimentos também.

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Tiveram partes marcantes onde me senti inserido no universo porém faltou algo, de maneira alguma a história é ruim ou mal escrita, só faltou elaborar mais a questão dos personagens e focar menos no protagonista, a criação dos plots (revira voltas) me incomodou a um ponto de pensar se o autor estava duvidando da minha capacidade, mas isso pode fazer parte da escrita dele, um artifício quem sabe.

A leitura é fácil, agradável, história tem uns furos aqui e ali mas no geral dá para se entreter e dizer que consumiu uma ficção científica das boas, lembrando que esse livro vai mais pro lado "aventura" da coisa e dá menos atenção a questões fundamentalistas então pode ser uma ótima pedida para se distrair, ler na praia ou curar aquela ressaca literária gostosa.

Quotes:

Instintivamente, as pessoas confiam e querem ajudar aqueles que elas acham atraentes, independentemente do desejo sexual.

De repente, tornar-se jovem e ter mudanças físicas e mecânicas enormes cobra um preço da psique.

O que é horripilante se transforma rapidamente em lugar-comum.

É simples, mas simples não é a mesma coisa que fácil.

Parte do que nos faz humanos é o que significamos para as outras pessoas e o que as pessoas significam para nós.

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