Olá galerinha, tudo bem? O livro de hoje vai deixar vocês sem ar até o final,
estão preparados?!
Proteja ela. Essa foi a mensagem que Owen Michaels deixou para a
esposa antes de desaparecer. Apesar da confusão e do medo, Hannah Hall sabe
exatamente a quem aquelas palavras se referem: Bailey, sua enteada de
dezesseis anos, que perdeu a mãe de forma trágica e gostaria de poder
ignorar por completo a nova madrasta.
Em pouco tempo, a situação sai totalmente do controle de Hannah: Owen não
atende suas ligações cada vez mais desesperadas, o FBI prende o chefe dele,
e agentes federais surgem na sua porta, fazendo-a questionar não apenas por
que o marido desapareceu, mas também quem ele realmente é. Mesmo querendo
respeitar aquele último pedido, Hannah precisa de respostas. E talvez a
enteada seja a chave de todas elas.
Sem saber em quem confiar, Hannah e Bailey partem em uma jornada em busca da
verdade. Quando as peças do passado de Owen começam a se encaixar, porém,
elas entendem que também estão construindo um novo futuro — um que nenhuma
das duas poderia ter previsto.
Ao unir mistério e drama familiar, A última coisa que ele me falou envolve o
leitor em uma emocionante rede de segredos e mentiras. Uma história
impossível de largar, cujo ritmo intenso e cujas reviravoltas impactantes
prometem surpresas até os últimos segundos.
~
Fazia um tempo que eu desejava essa leitura e me surpreendi com a maneira que
a história é conduzida e construída. Esperava que fosse um drama envolvendo
morte de ente querido ou algo do tipo, mas foi beeeem melhor e muito bem
estruturada desde o início.
A trama começa sem que saibamos onde estamos, quem são os personagens e o mais
importante: em quem acreditar. Bem aos poucos as coisas vão fazendo sentido se
você ligar as peças ou caso prefira esperar a explicação vem bem depois dos
acontecimentos e isso pode confirmar sua teoria, ou realmente mostrar que não
era bem assim.
Um aspecto interessante da obra é que não há enrolação, o tempo todo somos
"bombardeados" de acontecimentos sejam por meio de lembranças ou fatos atuais,
a correria com o FBI, a angústia em tentar localizar Owen e a desconfiança em
Deus e o mundo que é trazida para nós também pois não sabemos qual ponto de
vista é o correto.
Mas não é nada complexo nem quebra-cabeça, a autora só segurou (e muito bem) o
mistério envolvendo o desaparecimento de Owen além de sugerir algumas teorias
para a personagem que nos fazem pensar também.
A relação que Hanna constrói com Bailey ao longo da trama é bem bonita e
ultrapassa os limites de madrasta pois a menina sequer conheceu a mãe que
morreu muito cedo quando ainda era bebê, então há uma lacuna afetiva grande a
ser preenchida. Hanna por ser muito compreensiva nunca freou a menina nem
impôs nada, até chegava a se desculpar pelas malcriações dela talvez já
pensando nesse futuro relacionamento com ela. E isso no final se torna uma dos
acontecimentos mais bonitos no livro, a última linha que fecha com tudo.
Lembrou um pouco as obras de
Liane Moriarty
pela questão familiar mas há diferenças pois Moriarty vai para um lado mais
criminal por assim dizer, porém ambas autoras são maravilhosas.
Quotes:
Às vezes, precisamos abordar as situações por ângulos diferentes, mas nunca devemos desistir.
De que adianta o amor, se é esse o resultado?
Talvez sejamos todos idiotas de alguma forma quando se trata de conhecer de verdade as pessoas que nos amam.
Mas quando a verdade nos leva a um lugar para onde não queremos ir, é difícil ter certeza.
Às vezes encontramos o caminho para o lugar que mais nos quer.
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