Olá galerinha, tudo bem com vocês? Recentemente comecei a explorar os
clássicos da ficção científica e trago um deles hoje por aqui. Preparados?!
Andrew Harlan é um Eterno: membro da classe dominante do futuro. Seu trabalho
é viajar pelos séculos monitorando e alterando realidades, corrigindo assim os
erros dos homens. A humanidade estava a salvo. Até que Harlan comete o pior
dos pecados: apaixona-se.
Tido como um de seus melhores trabalhos, este clássico nos mostra mais uma vez por que Asimov é considerado o grande mestre da ficção científica moderna.
Tido como um de seus melhores trabalhos, este clássico nos mostra mais uma vez por que Asimov é considerado o grande mestre da ficção científica moderna.
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São tantas emoções... Esse livro logo de início conseguiu me capturar
com sua narrativa deveras misteriosa onde as coisas já estão acontecendo e não
somos bem introduzidos a nada por um longo período, temos que juntar as
pecinhas durante a leitura para nos situarmos, isso é bom e ruim mas aqui
funciona perfeitamente pois lá na frente ele vai nos esclarecendo (aos poucos)
sobre a situação como um todo. O que é legal afinal nos sentimos na pele do
protagonista Harlan, dando muitos sustos com reviravoltas inesperadas, surtos
de desconfiança em relação ao narrador, além de nos deixar sem ideia do que
esperar.
Harlan tem uma vida monótona na Eternidade consertando erros nas realidades e
viajando no tempo, mas tudo muda quando ele conhece Nöys, inicialmente para
melhor mas depois só ladeira abaixo. Ou melhor: Tempo abaixo.
Infelizmente para o blogueiro que vos escreve esse é daqueles livros que
quanto menos você souber, melhor pois um dos trunfos aqui é a surpresa nas
reviravoltas, além do fato de acontecerem tantas coisas dificultando a
vida de quem tentar fazer uma resenha concisa sem spoiler.
Diferente de
HG Wells que trata a viagem no tempo com um viés mais "filosófico" aqui temos
fluidez, teorias, dia a dia que você até começa a crer nas realidades
(dimensões) desejando viajar no elevador do livro para conhecer o
futuro.
O autor é muito cuidadoso quando trata da humanidade sendo cruel mas não muito
ao analisar fatos sempre enfatizando os riscos que uma mudança poderia causar.
Uma das reflexões mais interessantes é referente a fissão nuclear, sem ela não
existiria a bomba, logo as guerras teriam a chance de não existir, ou seriam
menos devastadoras.
Mais um fato curioso é em relação a linguagem. Sim, é fácil, acessível e
fluida, mas os conceitos apresentados pelo autor... isso dá um nó gostoso na
cabeça te obrigado a reler o trecho da explicação ou simplesmente ignorar,
segurar na mão de Deus e continuar a leitura como se não houvesse amanhã.
Confesso que foi um dos fatores a "agravarem" minha demora com o livro pois ás
vezes só de pensar em encarar a leitura me dava calafrios. É um livro pesado
ao mesmo tempo leve; apenas lendo para saber do que estou falando meus amigos.
via GIPHY (o elevador do livro)
Adianto que vale MUITO a pena mesmo para aqueles de primeira viagem na ficção
científica podem entender e (devem) se apaixonar por Asimov. Foi minha
porta de entrada e agora quero continuar explorando o mundo do autor - para
nossa felicidade temos muitas obras dele traduzidas por aqui!
Quotes:
A loucura fazia sentido? Alguma coisa fazia sentido?
Com as mentes concentradas no espaço, há negligência no desenvolvimento adequado das coisas terrenas.
Um homem que conhece seu próprio futuro, em qualquer mínimo detalhe, poderá agir com base nesse conhecimento e, portanto, mudar seu futuro.
Entre a percepção e o relato, a emoção não deveria intervir.
Quando alguém começa demonstrando falta de conhecimento numa determinada área, geralmente significa que, em seguida, emitirá uma opinião simplista sobre essa mesma área.
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