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Hora de Ler: Por favor, ignore Vera Dietz - A.S. King

Olá galerinha tudo bem com vocês? Confesso que continuo tentando voltar ao ritmo de leitura e postagem de antes mas está ficando cada vez mais difícil, prometo um dia voltar aos dias de glória nesse blog que tanto amo. Vamo pra resenha de hoje?

Por favor, ignore Vera Dietz é um livro contundente.
Vera Dietz e Charlie Kahn foram melhores amigos desde crianças até completarem 17 anos. Mas agora Charlie está morto.
E morreu de uma maneira horrível e misteriosa. E morreu brigado com Vera. 

A vida não tem sido fácil desde então. Vera não sabe direito como agir, como pensar, o que sentir. Sua mãe foi embora quando ela tinha apenas 12 anos, e seu pai é adepto da filosofia de ignorar os problemas até que eles desapareçam por mágica.
Mas Vera precisa fazer suas entregas no Templo da Pizza. Precisa abrir o coração para o amor. Precisa terminar o Ensino Médio. Precisa colecionar palavras para a aula de Vocabulário. Precisa entender o que realmente aconteceu com Charlie. Precisa seguir em frente. 

Por favor, ignore Vera Dietz é um relato não convencional sobre amadurecimento e redenção. Obra-prima da escritora norte-americana A. S. King, é uma cativante história narrada de maneira bem-humorada e sensível. Por favor, não ignore este livro. Ele contém muita coisa sobre você.

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Não é novidade pra ninguém que amo essa mulher né? E com esse livro voltei aos bons tempos quando se lançavam YA's interessantes sem necessariamente seguir a fórmula de um certo aplicativo de vídeos curtos sabe? Hoje em dia tá tudo tão parecido que estou recorrendo aos "lançamentos" do passado.

Vera Dietz é uma adolescente em luto, pré vestibulanda e que trabalha feito uma condenada, não tem apoio psicológico em casa, na escola muito menos, sentindo falta do seu único melhor amigo Charlie Kahn e sobrevivendo em meio ao caos. Vera sofre bullying na escola das riquinhas invejosas, tem como sua melhor amiga a professora de literatura. Ela também se apoia nas amizades que fez no Templo da Pizza, seu ambiente de trabalho.

O pai da menina é relaxado de tanto ter apanhado na vida, e agora "good vibes" onde prefere ignorar os fatos a encarar a verdade (uma dica referente ao título da obra), óbvio que ele também se abstém nos cuidados com Vera sequer lembrando a data de aniversário da própria filha devido aos traumas com a ex mulher mãe dela.

Angústia, falta de pertencimento, luto, abuso sexual e também as primeiras descobertas em relação ao amor são alguns dos temas abordados no livro. Além é claro de muito drama, sacadas geniais, frases de efeito, sem falar nas coisas que passam despercebidas no dia a dia mas que no livro nos fazem (re)pensar melhor sobre.

O livro tem uns segredos misteriosos e sujos, sendo o principal deles a causa da morte de Charlie, o outro que ganha uma certa importância é o passado da mãe de Vera, o qual ela consegue lidar muito bem embora a cidade inteira tenha preconceito. Não poderia deixar de citar a parte "sobrenatural" do Realismo Mágico, marca registrada da autora por aqui; Charlie tem partes e capítulos só dele fazendo com que realmente cheguemos a duvidar se ele está de fato morto ou é tudo viagem de Vera. Simplesmente AMO essa característica da autora.

Difícil dar menos de 5 estrelas, me diverti bastante embora se trate de um drama até pesado pois estamos falando de adolescentes, consegui ser transportado para aquela ambientação muito fácil e me tornei amigo íntimo de Vera ficando com vontade de explorar mais a cidade, e leria outro livro no mesmo "universo" facilmente embora não seja necessário.



Quotes:

Eu queria que a Sra. Buchman governasse o mundo e fizesse com que a vida fosse tão fácil quanto as suas aulas.

Prefiro sentir algo que seja verdadeiro do que fingir que alguma coisa não é o que realmente é.

Se o ideal é que ignoremos tudo o que há de errado em nossas vidas, então não vejo como as coisas poderiam um dia dar certo.

Quero dizer a ela que a única coisa que uma pessoa consegue quando constrói muralhas ao redor de si é uma sensação enorme de vazio.

Não é engraçado como vivemos dentro das mentiras em que acreditamos?


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