Hora de Ler: Quase só coisas mortas - Kristen Arnett


Olá galerinha, tudo bem com vocês? Hoje trago um lançamento (!!!) que me chamou atenção pela capa neon-rosé, mas pense num drama! Bora conferir a choradeira?

Após o suicídio do pai, Jessa-Lyn Morton se torna responsável por administrar o negócio de taxidermia quase falido da família.
Enquanto tudo parece estar desmoronando, cada um lida com o luto à própria maneira: Jessa foca no trabalho e sua mãe, Libby, passa a invadir a loja durante a noite para colocar os animais empalhados em posições sexualmente sugestivas. Seu irmão, Milo, por outro lado, só ignora a situação, ainda mais quando a esposa dele, Brynn ― não apenas o amor da vida de Jessa, mas também a primeira e única pessoa por quem ela já se apaixonou ―, some sem aviso prévio e sem deixar pistas.

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Bem diferente da capa, a história é bem triste falando sobre luto, uma família disfuncional e muito drama com a partida (voluntária) de uma mulher que servia ao  marido e a irmã dele ao mesmo tempo (trisal?).

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Adianto que não tem muito o que esperar da história, diria que é mais contemplativa do que tudo. Mas ainda assim a autora consegue nos prender com uma escrita simples, direta ao ponto, focando nos dramas de cada personagem e desenvolvendo eles com maestria nos fazendo sentir íntimos e saudosos quando o livro termina. É um livro estranho para se dizer o mínimo mas ótimo em vários sentidos.

A personagem principal Jessa claramente tem probleminhas pois não consegue esquecer Brynn, a esposa do seu irmão e também sua namorada. Os parafusos na cabeça dela estão bem soltos devido ao trauma da "separação" fora que ela toma decisões muito duvidosas acerca da própria vida. O único aspecto que ela de fato domina é a taxidermia graças ao "dom" que herdou do pai, mas fora isso é uma "adolescente de 30 anos" pelo modo em que escolheu viver. É interessante e angustiante ao mesmo tempo.

O foco da autora são as relações humanas-familiares, a forma como cada um lida com o luto do pai/marido dando outra dimensão ao que parecia simples se pegarmos o fato isoladamente. Novela mexicana mesmo, alô globoplay?!

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Dito isso vou deixando o post por aqui para não estragar a surpresa de ir descobrindo os personagens, apesar de não ter AQUELA revelação (na verdade nem tem) mas se eu continuar vou entregar a história, e como EU não gosto de spoiler vou respeitá-los. 
É isso, um livro estranhosamente delicado, mexe com temas perturbadores e definitivamente não vai passar batido.


Quotes:

Precisar significava ser vulnerável.

Você não enjoa do que lhe dá sustento quando está faminta.

Me desculpe nunca consertava nada. Eram só palavras, e não havia qualquer ação por trás delas para tornar a vida um pouquinho mais fácil.

Passamos tanto tempo procurando pedacinhos de nós mesmos nos outros que nunca nos damos conta de que eles estão ocupados buscando as mesmas coisas em nós.

Intimidade significa abrir mão de partes de você mesma em nome de outra pessoa, mesmo quando isso significa que ela pode te machucar feio.

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