E aí galerinha, certinho? O livro de hoje é grandioso: no desapontamento que
tive. Bora conferir esse desastre?!
Duas pessoas se encontram por acaso no Instituto de Arte de Chicago. A
partir desse momento, Aldo Damiani e Charlotte Regan têm dificuldade de
ficar longe um do outro.
Ele é um teórico antissocial que mantém a mente ocupada com cálculos sobre
viagem no tempo e abelhas. Para Aldo, o mundo é caótico e perturbador.
Então, ele constrói rotinas, regras e fórmulas. Sem isso, sua existência
entraria em colapso.
Ela é uma falsificadora de arte que prefere mentiras a verdades. Para Regan,
todas as pessoas são previsíveis e entediantes. Ela lida com o tédio da
existência tomando decisões impulsivas, imaginando que uma nova linha do
tempo é criada a cada ação.
Quando os caminhos dos dois se cruzam, eles ficam intrigados pela mente um
do outro. Decidem ter apenas seis conversas, como as seis pontas de um
hexágono, antes de se separarem outra vez. Porém, a colisão de suas
personalidades leva a uma paixão que às vezes parece um encaixe perfeito e
às vezes um desastre capaz de eliminar qualquer vestígio de estabilidade em
suas vidas.
~
Nem sei como iniciar essa nota de repúdio em forma de resenha. Devo avisar que
fui na expectativa de ser uma ficção científica e DEFINITIVAMENTE NÃO É, tem
uns pensamentos esparsos, umas divagações mas passa loooooooonge do gênero;
dito isso vamos ao veredito.
O livro é dividido em 6 (longas) partes e a primeira é de longe a que causa
maior estranhamento pois estamos sendo apresentados primeiramente a escrita da
autora, depois aos personagens mais estranhos que tive contato mas isso é
justificado logo nas primeiras linhas além de ser o problema desse livro.
Até a segunda parte era só um livro pretensioso com capítulos longos sem muito
a dizer, mas na terceira parte é que o bicho pega fogo. Aqui é onde você
decide se ama ou odeia, e eu com certeza faço parte do time haters.
Mas o que acontece afinal de contas? Basicamente a protagonista Regan só pensa em transar O TEMPO INTEIRO e isso é extremamente chato, incômodo, desnecessário escrever um capítulo inteiro de mais ou menos 30 páginas para relatar as primeiras vezes dela (com Aldo pelo menos).
Mas o que acontece afinal de contas? Basicamente a protagonista Regan só pensa em transar O TEMPO INTEIRO e isso é extremamente chato, incômodo, desnecessário escrever um capítulo inteiro de mais ou menos 30 páginas para relatar as primeiras vezes dela (com Aldo pelo menos).
A escrita da autora é cansativa, pretensiosa, metida a poética e não leva a
lugar nenhum, deixando as coisas "subentendidas" pra dar uma de cult quando na
verdade foi pura preguiça; capítulos extensos, confusos onde fluxo de
pensamento, conversas, ações externas e ligações telefônicas se misturam
lembrando muito algo como Hilda Hilst só que mal escrito, também posso
citar Me Chame Pelo Seu Nome no hall das chatices literárias que esse
livro tenta emular.
Mais um livro que deixa a sensação de ter sido um exercício num curso de escrita criativa do que outra coisa.
No geral senti que perdi tempo. Um dos problemas da história não é o fato de
abordar doenças mentais pois AMO um sick-lit, mas a forma como ela faz isso,
tornando primeiro uma história fraca em algo grandioso e segundo: os dois
protagonistas fazem uso de remédios prescritos mas se recusam a continuar o
tratamento. Sei que a autora no fim esclarece que o livro não é um manifesto
"contra medicamentos" mas isso pode ser mal interpretado e potencialmente
perigoso dependendo do público que terá contato com a obra.
Regan é completamente Reckless a ponto de se comportar como uma
adolescente, bipolar até dizer chega nem mesmo entende seus desejos mais
instantâneos, e sério isso é MUITO chato. Ela é uma falsificadora de arte, incapaz de criar algo autoral e ninfomaníaca só pensa em pau o livro todo.
Aldo por outro lado é o típico nerdola desligado, autista que vive no próprio
mundo e tá pouco se lixando pro que acontece ao seu redor. Also CHATÃO.
Dei chance e li tudo na esperança de que fosse melhorar, mas essa de longe é a
maior decepção do ano. Estão vendendo como sci-fi quando na verdade é um
porno-cult-esquizo que divaga sobre abelhas, a criação de universo e a
irreponsabilidade (em vários níveis) dos personagens principais. Um horror.
Ok, não é de todo ruim, tem algumas frases de efeito e a primeira parte dá pra
ser salva. O resto pode jogar na fogueira sem pena.
Quotes:
As coisas sempre pareciam mais estranhas em retrospecto, o que era uma consequência engraçada do tempo.
Sua versão futura sempre verá o que sua versão atual ainda não consegue enxergar.
Gosto de alguns estilos. Certos temas. Mas ter uma única obra favorita me parece juvenil.
Não se fala sobre como fumar é perigosamente próximo de colocar fogo em si mesmo.
Afinal, a arte era isso, não era? A exposição descarada do interior de sua cabeça.
O que é a religião senão a vaga promessa de uma recompensa que ninguém nunca viu?
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